F660ISP - Remessas para Industrialização/Retorno

O sistema utiliza o seguinte critério para arredondar valores/quantidades rateadas:

1. Quando o campo Utiliza Decimais da tela Cadastro de Famílias (F012FAM) está preenchido com "S - Sim", o arredondamento considera o número de casas decimais informado no campo Quantidade Decimais Estoque;
2. Se o campo Utiliza Decimais Cadastro Unidade Medida da tela Cadastro de Produtos (F075PRO) estiver preenchido com "S - Sim", o arredondamento considera o número de casas decimais informado no cadastro de unidade de medidas (F015MED);
3. Se o campo Utiliza Decimais Cadastro Unidade Medida da tela Cadastro de Produtos (F075PRO) estiver preenchido com "N - Não", o arredondamento considera o número de casas decimais descrito no leiaute do SPED Fiscal, de acordo com o registro relacionado.

• São selecionados os movimentos de entrada no estoque ligados a nota fiscal de retorno de industrialização, cujo produto/derivação do movimento não está informado na nota fiscal como componente/item. Ou seja, quando existir um produto com movimento de entrada no estoque e o mesmo estiver informado nos itens da nota fiscal, ele é considerado um componente agregado pelo terceiro e, essa seleção é por empresa e filial (filial do depósito), série, número e fornecedor da nota fiscal de retorno de industrialização;
  • Se não forem encontrados movimentos de estoques da nota fiscal, a integração é cancelada e a próxima nota fiscal será apurada;
• Será verificado se os movimentos de entrada no estoque estão ligados a uma ordem de produção, através do campo de código da origem do produto da O.P;
• Os produtos dos movimentos de entrada no estoque são identificados e podem ser: normais, 2ª, 3ª qualidade ou reaproveitamento. Essa informação é obtida do cadastro do produto, no campo Produto 2ª, 3ª Qualidade ou Reaproveitamento (F075PRO);
• Os produtos de 2ª, 3ª qualidade e reaproveitamento são tratados conforme a quantidade de produtos produzidos normais (1ª qualidade) identificados no retorno da industrialização:
  • Identificação de 1 produto produzido normal: se na nota fiscal de retorno estiver informado um produto de 2ª, 3ª qualidade ou reaproveitamento, essa quantidade é somada ao produto produzido/normal para posteriormente ser realizada uma transferência da referida quantidade do produto produzido/normal para o produto de 2ª, 3ª qualidade ou reaproveitamento;
  • Identificação de 2 ou mais produtos produzidos normais: se na nota fiscal de retorno estiver informado um produto de 2ª, 3ª qualidade ou reaproveitamento e também mais de um produto produzido/normal, são verificados quais produtos produzidos/normais que utilizam o produto de 2ª, 3ª qualidade ou reaproveitamento, para que seja realizado o rateio. Essa quantidade é somada ao produto produzido/normal para posteriormente ser realizada uma transferência da referida quantidade do produto produzido/normal para o produto de 2ª, 3ª qualidade ou reaproveitamento;
  • Produto produzido normal não identificado: se a nota fiscal de retorno de industrialização não possuir ligação com uma ordem de produção, isso significa que não foram utilizadas as rotinas de remessa e retorno do módulo Manufatura, então o processo é cancelado e a próxima nota fiscal é apurada. Porém, se houver ligação com uma ordem de produção:
    • São identificados os produtos produzidos das ordens de produção envolvidas nos movimentos de entrada no estoque. Essa seleção é por empresa de apuração, origem do produto, número da ordem de produção e, são registradas as seguintes informações dos produtos produzidos normais da OP: produto/derivação, quantidade prevista por derivação e unidade de medida do produto na OP;
    • Se na nota fiscal de retorno estiver informado um produto de 2ª, 3ª qualidade ou reaproveitamento e também mais de um produto produzido/normal, são verificados quais produtos produzidos/normais que utilizam o produto de 2ª, 3ª qualidade ou reaproveitamento, para que seja realizado o rateio. Essa quantidade é somada ao produto produzido/normal para posteriormente ser realizada uma transferência da referida quantidade do produto produzido/normal para o produto de 2ª, 3ª qualidade ou reaproveitamento. O rateio da nota fiscal é utilizado;

• Os produtos normais produzidos são registrados com as seguintes informações, mantendo a ligação com a nota fiscal de retorno de industrialização: empresa, filial, produção em terceiro, data da produção (data de entrada da nota fiscal de retorno), código da ordem de produção (série + número da nota fiscal + fornecedor), código do produto/derivação produzido, data inicial da ordem de produção, série da nota fiscal de retorno, número da nota fiscal de retorno, fornecedor da nota fiscal de retorno, data do reconhecimento da produção (entrada da nota fiscal) e quantidade produzida (soma-se os produtos de 1ª, 2ª, 3ª qualidade e reaproveitamento conforme rateio - se houver). O produto será registrado conforme sua unidade de medida no estoque.

O rateio é realizado quando um mesmo produto de 2ª, 3ª qualidade ou reaproveitamento estiver presente em mais de um produto normal.

O produto de 2ª, 3ª qualidade ou reaproveitamento deverá ser rateado conforme a quantidade do movimento de entrada do produto normal. Ou seja, para cada produto normal deverá ser realizado o seguinte cálculo:

Os produtos de 2ª, 3ª qualidade ou reaproveitamento serão rateados entre os produtos normais que utilizam esses produtos de 2ª, 3ª qualidade ou reaproveitamento.

O cálculo do rateio é executado somente quando existir mais de um produto normal que utiliza o mesmo produto de 2ª, 3ª qualidade ou reaproveitamento. Caso contrário é considerada a quantidade total do produto de 2ª, 3ª qualidade ou reaproveitamento para o produto normal.

• São selecionados todos os componentes/itens da nota fiscal de retorno de industrialização e são registradas as seguintes informações de cada produto: empresa e filial da nota fiscal, série e número da nota fiscal, fornecedor, data do reconhecimento do consumo (data de entrada da nota fiscal), produto/derivação e quantidade consumida (quantidade consumida do produto indicada na nota fiscal);
• Caso seja registrado mais de um produto produzido normal:
  • São verificados quais produtos/derivações produzidos utilizam o componente/item da nota fiscal no processo produtivo. Essa verificação ocorrerá conforme modelo utilizado pela O.P, quando a nota fiscal de retorno possuir essa ligação, caso contrário, será verificado o modelo do cadastro do produto normal registrado.

Quando o componente não é utilizado por nenhum produto produzido:

O componente/item da nota fiscal de retorno será rateado entre todos os produtos normais registrados, com a seguinte fórmula:

A diferença que ocorrer decorrente dos arredondamentos será registrada para o último componente/item da nota fiscal. Essas quantidades irão considerar a quantidade de casas decimais do leiaute do SPED Fiscal, que neste caso são três casas.

Quando o componente é utilizado por um ou mais produtos produzidos:

Total do produzido:

Percentual rateio:

Quantidade componente/item da nota fiscal de retorno:

• É verificado no modelo se o componente/item da nota fiscal está marcado como um componente equivalente e é obtido qual é o componente substituído pelo equivalente. Quando a nota fiscal de retorno de remessa estiver ligada a uma ordem de produção, o modelo dela é utilizado. Caso não haja ligação com alguma ordem de produção, o modelo definido no cadastro do produto produzido normal é utilizado;
• Caso o componente substituto não seja encontrado no modelo da ficha técnica, o sistema busca pelo componente cadastrado na tela Produtos Equivalentes (F075EQI). Se o campo Prod. (Equivalente) desta tela estiver preenchido, é verificado se o produto principal está informado no modelo. Se estiver, ele é considerado como substituto. Se houver mais de um produto principal que atende a verificação, o primeiro que for válido é utilizado;
• Os componentes consumidos pelo terceiro ou que foram agregados ao produto produzido normalmente, são registrado com as seguintes informações: empresa, filial, produção em terceiro, data saída do estoque (data de entrada da nota fiscal de retorno), série, número e fornecedor da nota fiscal, código do produto/derivação produzido, código/derivação do componente, código/derivação substituído e quantidade consumida (quantidade do componente vendida/consumida do estoque). Os componentes são registrados conforme suas unidades de medida no estoque;
• Se o parâmetro Cons. Serviços Terc. Bloco K da tela F070FEF estiver igual a "S - Sim", então:
  • No processo de rateio quando o componente/insumo é utilizado por mais de um produto produzido, será gerado um apontamento de produção em terceiros com o serviço da nota fiscal de retorno para industrialização. Os componentes dessa operação serão os produtos enviados na nota fiscal de remessa;
  • Serão reconhecidos como produtos produzidos em terceiros, os serviços ligados à O.P. (E900SOP) como componente da produção ou que tenham ligação via tela F440LCS. Este comportamento só acontece quando não existe movimentações de estoque de entrada, de produto do tipo manufaturado ou em fabricação e que não seja de estoque virtual, onde o reconhecimento do item produzido e seus componentes segue o comportamento normal, de ordem exclusiva para terceirização;
  • Havendo ligação das notas via tela F440LCS, o serviço da nota de cobrança ligado será reconhecido como item produzido e os produtos da nota de retorno simbólico de industrialização serão reconhecidos como insumos consumidos. Não havendo ligação o primeiro item de serviço presente na nota fiscal de retorno de industrialização com a sua respectiva quantidade é reconhecido como item produzido e os demais itens da mesma nota fiscal serão reconhecidos como insumos consumidos;
  • O item de serviço, quando for apresentado no registro de cadastro do SPED Fiscal, deve preencher no campo Tipo do Item a opção "03 – Produto em Processo";
  • Quando a nota fiscal de retorno de industrialização for apresentada no Bloco C, os itens de serviço serão apresentados com os mesmos requisitos que foram adotados para o Bloco K, ou seja, o mesmo código do serviço e Tipo do Item no cadastro do serviço;
  • As movimentações definidas acima permitem gerar os registro K250 e K255 referentes às movimentações de terceiros. Ainda nesse cenário, como o item de serviço é interpretado como um produto em processo resultante de industrialização, esse item será inserido com sua respectiva quantidade como componente da ordem de produto à qual ele está relacionado (registro K235);
  • Este item de “serviço” não será apresentado no registro de estoque (K200), pois o seu saldo sempre será zero. Tudo que retorna é consumido na ordem de produção à qual ele está associado.

• São obtidas as seguintes informações dos produtos/derivações de 2ª, 3ª qualidade e reaproveitamento que foram somados aos produtos produzidos normais:
  • Produto/derivação de 2ª, 3ª qualidade ou reaproveitamento somado;
  • Quantidade somada ao produto produzido normal. Essa quantidade é representada conforme unidade de medida de estoque do produto normal;
  • Produto/derivação produzido normal;
• Para cada produto de 2ª, 3ª qualidade ou reaproveitamento somado ao produto produzido normal é feita uma transferência, em que são registradas as seguintes informações: empresa, filial, data do movimento de estoque, produto/derivação original (produto/derivação produzido normal (1ª qualidade)), produto/derivação destino (produto de 2ª, 3ª qualidade ou reaproveitamento) e quantidade movimentada (quantidade somada do produto de 2ª, 3ª qualidade ou reaproveitamento ao produto produzido normal). A quantidade é apresentada conforme unidade de medida do estoque movimentado;
• Produtos de 2ª, 3ª qualidade ou reaproveitamento que possuem o Tipo produto para impostos (F075PRO) igual a "3 – Produtos Intermediários" e "7 – Subproduto", não geram os movimentos de transferência, pois estes tipos de produtos não devem apresentar as suas movimentações no bloco K, apenas os seus saldos.

Para reconhecer um serviço de industrialização como um item de produto do retorno de industrialização e o seu respectivo consumo no produto principal no Bloco K, confira o processo abaixo:

O processamento e a interpretação de operações de terceirização para o Bloco K se dá pelo reconhecimento da industrialização. Isso ocorre no momento do registro da nota fiscal de retorno de industrialização. A operação de terceirização é apresentada no registro K250 (onde são apresentados os itens produzidos pelo terceiro) e no registro K255 (onde são apresentados os itens dos insumos consumidos).

As regras básicas para esse controle são:

• O produto produzido pelo terceiro deve ser do tipo 03 – Produto em Processo ou 04 – Produto Acabado;
• O código do insumo utilizado pelo terceiro deve ser diferente do código do produto produzido;
• O código do insumo deve ser do tipo 00, 01, 02, 03, 04, 05 ou 10, conforme guia prático do SPED Fiscal;
• Devem ser apresentados somente os insumos que foram remetidos para o terceiro. Insumos de posse do terceiro e incorporados por ele não devem ser apresentados no Bloco K.

Dessa forma, toda nota fiscal de retorno de industrialização deve ser interpretada para ser apresentada.

Processo:

No ERP, o reconhecimento da nota fiscal de retorno de industrialização é tratado em duas situações:

1. Ao lançar uma nota fiscal de remessa para industrialização sem vínculo com a ordem de produção, quando ocorrer a nota fiscal de retorno de industrialização vinculada à nota fiscal de remessa para industrialização, durante o fechamento da nota fiscal de retorno é aberta uma tela de valorização de estoque para que o usuário possa informar o produto resultante. Durante a integração para o Bloco K, essa operação é reconhecida e o produto produzido é reconhecido pelo produto que entrou no estoque pela tela de valorização do estoque, e os componentes são reconhecidos pelos itens presentes na nota fiscal de retorno e que estão também na nota fiscal de remessa e não movimentam estoque (retorno simbólico pelo uso no produto produzido);
2. Ao gerar uma nota fiscal de remessa para industrialização a partir de uma ordem de produção, quando ocorrer a nota fiscal de retorno de industrialização, a ordem de produção prossegue para ser finalizada. Nesse cenário, a ordem de produção deve ser exclusivamente de operação com terceiro, não sendo possível ter operações internas antes ou depois do envio para terceiros. Dessa forma, quando for integrado para o Bloco K, o produto produzido é reconhecido pelo produto produzido pela ordem de produção e os insumos são reconhecidos pelos itens presentes na nota fiscal de retorno e que estão também na nota fiscal de remessa e não movimentam estoque (retorno simbólico pelo uso no produto produzido).

Parametrizações:

• Campo Tipo serviço para impostos das telas F080SER e F080CSA e web service com.senior.g5.co.int.varejo.servico, porta Exportar. Utilizado na geração do campo 07 do registro 0200 do Bloco K;
• Campo Cons. Produtos Distintos da tela F070FEF. Permite a integração das ordens de produção de processos internos e externos sem a movimentação de estoque na nota de remessa/retorno;
• Na tela F660ISP, no processo de rateio quando o componente/insumo é utilizado por mais de um produto produzido, se o parâmetro Cons. Serviços Terc. Bloco K da tela F070FEF estiver igual a "S - Sim", será gerado um apontamento de produção em terceiros com o serviço da nota fiscal de retorno para industrialização. Os componentes dessa operação serão os produtos enviados na nota fiscal de remessa;
• Ainda na mesma tela, na apuração dos movimentos de estoque e produção, se o parâmetro Cons. Serviços Terc. Bloco K da tela F070FEF estiver igual a "S - Sim", serão gerados os serviços ligados à O.P (E900SOP) como componente da produção.

Dessa forma, o processo de integração das movimentações de terceirização para o Bloco K, quando ligado a ordem de produção, será desativado e passará a valer a regra de integração descrita a seguir:

1. A regra parte da nota fiscal de retorno de industrialização e considera como componentes da terceirização os itens presentes na nota fiscal de retorno de industrialização e que estão na nota fiscal de remessa, desde que não movimentem o estoque;
2. Para o produto produzido, considera o primeiro item de serviço presente na mesma nota fiscal de retorno de industrialização com a sua respectiva quantidade. O item de serviço, quando for apresentado no registro de cadastro do SPED Fiscal, deve preencher no campo Tipo do Item a opção 03 – Produto em Processo;
3. Quando a nota fiscal de retorno de industrialização for apresentada no Bloco C, os itens de serviço serão apresentados com os mesmos requisitos que foram adotados para o Bloco K, ou seja, o mesmo código do serviço e Tipo do Item no cadastro do serviço;
4. As movimentações definidas acima permitem gerar os registro K250 e K255 referentes às movimentações de terceiros. Ainda nesse cenário, como o item de serviço é interpretado como um produto em processo resultante de industrialização, esse item será inserido com sua respectiva quantidade como componente da ordem de produto à qual ele está relacionado (registro K235);
5. Este item de “serviço” não será apresentado no registro de estoque (K200), pois o seu saldo sempre será zero. Tudo que retorna é consumido na ordem de produção à qual ele está associado.