Engenharia de Produto e Processo

A engenharia de produtos e processos exige um controle rigoroso, já que pequenas alterações nos cadastros podem impactar diretamente o cálculo das necessidades de produção e de materiais para o atendimento dos pedidos. Por isso, é fundamental manter o controle de versões da engenharia, que contempla as seguintes ações:

• Nova versão: possibilita a criação de uma nova versão para o SKU;
• Gerenciar versão: permite editar a descrição e adicionar observações sobre a versão selecionada. Também possibilita aprovar uma versão que está com a situação Transitória;
• Validar versão: realiza a validação do SKU, verificando e apresentando se existem informações pedentes que são pertinentes ao processo;
• Consultar Versões: possibilita a consulta de versões e suas situações.

Para facilitar a criação de engenharia de SKU com estruturas parecidas, é possível a cópia da estrutura de engenharia de um SKU para outro, podendo informar de qual SKU vai ser feito a cópia e sua respectiva versão. Para o SKU que vai receber a estrutura copiada é possível copiar para dentro da última versão desse SKU, substituindo toda a estrutura existente, ou criar uma nova versão.

Na engenharia é necessário ter pelo menos um roteiro de produção vinculado ao SKU e a filial de produção, pela tela é possível associar um roteiro de produção já existente ou cadastrar um novo.

• Roteiro de produção: Existem duas situações possíveis:
  • Principal: Quando o roteiro de produção é o principal entre outros roteiros utilizados. Um SKU pode ter um Roteiro de produção Principal por filial.
  • Alternativo: Quando o roteiro de produção é utilizado como segunda opção para fabricação. Um SKU pode ter um Roteiro de produção Alternativo por filial.

Ao adicionar um roteiro de produção, automaticamente são carregadas as informações dos estágios (e seus controles) e para cada estágio as operações vinculadas.

• % perda: Indicativo do percentual de perda do respectivo SKU da ordem de produção durante o processo produtivo. Ao informar esse percentual, ao gerar uma ordem de produção o sistema irá aplicar o percentual de perda sobre a quantidade projetada da ordem de produção. Sendo assim, será gerada uma ordem com uma quantidade maior, já prevendo essa perda.
• Tipo do movimento dos materiais: Define a forma como os apontamentos de consumos e/ou subprodutos serão realizados, podendo ser automática, manual ou personalizada. Quando selecionada a forma personalizada, cada consumo/subproduto poderá definir seu tipo de movimento.
• A funcionalidade Tipo de estrutura permite classificar a engenharia do SKU conforme seu comportamento no processo produtivo, na geração de ordens e no cálculo do MRP. Os tipos disponíveis são:
  • Normal: Este é o tipo padrão de estrutura. Quando definido como Normal, durante a geração da ordem de produção e no cálculo do MRP, o sistema considera os dados da engenharia e os consumos informados, sem alterações na estrutura.
  • Fantasma: Quando a estrutura é definida como Fantasma, ela será tratada como uma engenharia fantasma. Nesse caso, ao gerar uma ordem de produção que contenha um componente com estrutura do tipo Fantasma, o sistema desconsidera esse nível da estrutura e inclui diretamente os componentes filhos na ordem. O mesmo comportamento ocorre durante a explosão de componentes no cálculo do MRP, em que os itens filhos da estrutura fantasma são considerados diretamente no SKU pai.

De acordo com os roteiros de produção selecionados, os estágios vinculados a eles serão exibidos. Mas além dos pré-cadastrados, é possível vincular ou cadastrar novos estágios.

Existem algumas configurações dentro do estágio que podem ser personalizadas:

• Depende do estágio anterior: Este parâmetro indica se o início de um estágio do processo produtivo está condicionado à finalização completa do estágio anterior:
  • Quando marcado como Sim, o estágio atual só poderá ser iniciado após a conclusão total do estágio anterior.
  • Quando marcado como Não, o estágio atual pode ser iniciado a qualquer momento, mesmo que o estágio anterior ainda não tenha sido iniciado ou finalizado.

Essa configuração é essencial para definir o fluxo de produção e está diretamente relacionada ao parâmetro de Overlap, que permite a sobreposição de operações.

Clique aqui e veja como funciona o parâmetro Overlap e o campo Finalidade do recurso. A principal diferença em relação à engenharia é que, neste caso, é possível parametrizar esses campos de acordo com o SKU.

• Gera Estoque: Indicativo de que, nesse estágio, o sistema realizará a movimentação de entrada no estoque. Somente um estágio do roteiro de produção pode possuir essa opção marcada.
• Controla terceiro: Indicativo de que o estágio é executado por um recurso terceiro. Quando essa opção estiver marcada, não será possível adicionar novos estágios à engenharia do produto.
• Descrição técnica: Instrução do que deve ser feito nesse estágio pelo operador. Essa informação ficará disponível no momento do apontamento.

São exibidos os materiais consumidos durante a industrialização do SKU, podendo ou não estar vinculados a um estágio. Ao consultar o SKU para consumo, a estrutura de materiais é considerada, e apenas o primeiro nível da composição é apresentado, a partir do SKU de origem — sendo possível incluir novos materiais. Também são exibidos consumos sem vínculo com estágio, permitindo uma visualização mais ampla da lista de materiais da estrutura. Para inserir um novo consumo, utilize o campo de pesquisa para localizar o SKU correspondente.

Após adicionar um novo consumo, será possível editar as seguintes informações:

• Estágio: Permite associar ou dessociar o consumo de um estágio específico, sendo obrigatório para validação uma estrutura.
  • Ações em lote: é possível associar ou dessociar múltiplos consumos a um estágio de forma simultânea, facilitando a manutenção da estrutura de engenharia.
• Qtde: Quantidade que será consumida durante o processo produtivo antes de incidir o percentual de perda.
• % perda: Indicativo do percentual de perda do respectivo consumo durante o processo produtivo. Este percentual será aplicado no momento da geração da ordem e/ou no cálculo das necessidades do MRP.
• U.M.: Unidade de medida de estoque do consumo. É possível informar uma unidade diferente, desde que exista uma conversão entre as unidades de estoque do consumo e a nova unidade cadastrada.
• Tipo do movimento: Selecione se o tipo de movimento deste consumo será Automático ou Manual. Para que estas duas opções estejam habilitadas para seleção, o campo Tipo do movimento dos materiais que está localizado na Estrutura, deve estar configurado como Personalizado. Caso ele esteja registrado como Automático ou Manual, o campo Tipo do movimento não permitirá registrar uma opção diferente da configurada.
• Fator de utilização: Selecione o fator que projeta o cálculo de quantidade resultante do processo, que pode ser quantidade fixa, proporcional ou frequencial.
• Lote frequencial: Informe o lote frequencial, quando o fator de utilização for frequencial.
• Permite rendimento: Indicativo se o consumo possui rendimento em baixas maiores que a prevista na Ordem no momento do apontamento. Para que essa opção seja habilitada, o campo Tipo do movimento precisa estar como automático e o campo Fator de utilização precisa estar como proporcional ou frequencial. Esse parâmetro só será considerado, se o tipo de ordem gerada também permitir rendimento de consumo.
• SKU Equivalente: Selecione os SKUs que podem ser utilizados como substitutos durante a industrialização do estágio de produção. Somente SKUs equivalentes vinculados podem ser selecionados no cadastro do SKU para o respectivo consumo. O apontamento do consumo utilizando um SKU equivalente só é permitido quando o tipo de movimento for manual.

De acordo com os estágios e operações definidos, são exibidos os recursos. Você pode inserir novos recursos pesquisando por Recurso ou Centro de recurso. Na pesquisa são exibidos somente os recursos ativos na operação, permitindo selecionar mais de um.

Ao adicionar um novo recurso, você pode alterar as informações do Tempo de Fila, Tempo de Setup, Tempo de Execução e Tempo de Movimento (estes campos apenas são exibidos quando o recurso for diferente de terceiros), pois eles são sugeridos automaticamente.

Além disso, é necessário definir o Tipo do recurso, que pode ser Principal ou Alternativo:

• Principal: Se for o único recurso, será definido automaticamente como principal. Caso já exista outro recurso principal, este será rebaixado para alternativo.
• Alternativo: Se for o único recurso ou se não houver principal, será promovido automaticamente a principal.

Também há o campo Ferramenta, que permite informar somente uma ferramenta vinculada ao recurso.

São apresentados os subprodutos gerados pelo processo, sendo possível adicioná-los.

Quando necessário identificar o subproduto para fins de utilização em outro processo ou mesmo obtenção de créditos de impostos (CAT 83/09), informe o SKU.

Para inserir um novo subproduto, utilize o campo de pesquisa para buscar o SKU referente ao subproduto. São exibidos para escolha somente os SKUs cujo tipo de reposição é Produzido.

Após adicionar um novo subproduto, será possível editar as seguintes informações:

• Tipo fator: selecione o tipo do fator que projeta o cálculo de quantidade resultante do processo, que pode ser quantidade fixa ou percentual da quantidade do produto;
• Fator: informe o fator de acordo com o tipo selecionado a cima;
• Tipo do movimento: Selecione se o tipo de movimento deste subproduto será Automático ou Manual. Para que estas duas opções estejam habilitadas para seleção, o campo Tipo do movimento dos materiais que está localizado em Estrutura, deve estar configurado como Personalizado. Caso ele esteja registrado como Automático ou Manual, o campo Tipo do movimento não permitirá registrar uma opção diferente da configurada.